quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Já não és noiva, mas esposa

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Por Pe Charles Grimaud

 

Durante os meses que precederam o seu casamento, a noiva procurou instruir-se sobre a natureza e importância dos deveres que sobre ela recairiam logo após a união matrimonial, e preparou-se para cumprir as obrigações dessa união derivadas.

Agora, a situação é outra. Agora já não é ela noiva, mas esposa. Agora já não olha de longe para o lar, como outrora Moisés, avistando com os seus olhos alvoroçados, a Terra Prometida. Agora, ei-la introduzida no lar como rainha nos seus domínios. Teve de deslocar-se, talvez mesmo descer, das regiões do sonho para as da realidade. Presentemente o seu dever não é entregar-se a uma pura contemplação das virtudes domésticas mas pô-las em prática.

Mais do que uma rapariga, alegremente ingressada no estado conjugal, se tem sentido, a breve trecho, tomada de certa surpresa, talvez mesmo de estupefação, perante os deveres duma situação para ela praticamente desconhecida. Para algumas, esta situação de começo irá — quem sabe? — talvez até ao pavor, como aquela terna rapariga que, casada, aliás, com um excelente rapaz, se foi lançar nos braços da mãe, confidenciando-lhe, banhada em lágrimas, que se via perdida no dédalo das suas novas obrigações. Muito mais numerosas serão as que, sem chegarem a tão dolorosa impressão, nascida de um passageiro desconhecimento do seu papel, não veem, todavia, com clareza dentro da sua nova mansão. Todas essas — e serão a maioria das jovens casadas — concordariam decerto com estas palavras que escreveu uma recém-consorciada: «Casada, há apenas algumas semanas, aprecio agora mais do que nunca assuntos de educação... mas, se pensamos nos filhos e nos deveres que os pais têm a cumprir para com eles, não será preciso também pensar nos deveres das mulheres para com os seus maridos?... Há, na verdade, motivo para se perguntar se estará à altura da sua missão uma rapariga que, logo após o seu casamento, se encontra numa situação totalmente diferente daquela em que se encontrava na véspera... ».

Foi para corresponder ao desejo de muitas jovens casadas que se escreveu este livro. Propõe-se ele satisfazer a sua legítima avidez de conselhos na matéria e proporcionar-lhes diretrizes tanto mais desejadas quanto é certo que, na hora grave da entrada no lar, não têm geralmente ninguém que lhas dê.

O simples título deste trabalho indica o fim que tem em vista: «A mulher, encanto do lar». Se o marido é o chefe, o defensor, a providência da casa, a mulher deve ser o encanto que torna o ninho delicioso, o ímã que para ali atrai, o laço que ali prende os corações. Ela deve, pois, dispor de um poder de coesão tanto mais irresistível quanto atua no interior, tal como aquele vigor que concentra as energias do grão para dele fazer nascer uma planta e uma flor. Tudo o que vive no lar deverá inclinar-se com respeito diante deste poder de sedução: o marido, por uma verdadeira admiração para com aquela que lhe embeleza a vida; os filhos, honrando profundamente a mãe com a efusão dos seus carinhos e ternuras; os servos, subjugados pela sua doçura e bondade... «A mulher, encanto do lar», que belo programa!

É este o ideal que estas páginas vão fazer contemplar. Determinarão elas, em primeiro lugar, os «Motivos de simpatia». Há tantos segredos que tornam a jovem casada atraente, sedutora, ao seu marido! É preciso que ela conheça esses segredos para aplicar-se a procurá-los e a pô-los em ação.

Mas será preciso, também, mencionar as «Causas de aversão» que são, infelizmente, muito numerosas e demasiado poderosas porque encontram ardorosas cúmplices nas tendências da natureza decaída, a ponto de facilmente produzirem lamentáveis estragos em alguns lares. Apontando-as, mostraremos o seu odioso e incutiremos o seu horror.

Finalmente, para exercitar-se no cultivo das «virtudes atraentes» e na extirpação dos «defeitos geradores de antipatia», a jovem casada deverá ir procurar a coragem e o amor do sacrifício na sua verdadeira fonte que é a religião bem compreendida. Em tal estudo, a jovem casada aprenderá o verdadeiro segredo da «Conquista da realeza no lar» que muitas outras em vão procuraram.

Estarão as leitoras deste volume dispostas a semelhante empresa? Esta é, por certo, de molde a tentar as que, um dia, se deixaram seduzir pelo desejo de possuir o seu quinhão de realeza no lar, para um maior amor de Deus, para a felicidade dos maridos e para o bem dos seus filhos.

Leia o livro em pdf aqui!  


 
 

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