quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Padre Carlos Loriente, da Diocese de Toledo, é preso por porte de "cocaína rosa".

A Polícia Nacional deteve Carlos Loriente, cônego da Catedral de Toledo e diretor do Instituto Teológico Santo Ildefonso, em Torremolinos (Málaga). Ele é acusado de um suposto crime contra a saúde pública por posse de substâncias entorpecentes. Especificamente, uma quantidade significativa de "tusi", uma droga conhecida como cocaína rosa.

Padre Carlos Loriente, da Diocese de Toledo, é preso por porte de "cocaína rosa".
Vigário do Clero até 15 de setembro de 2025 e "factotum" da diocese

 

 

O padre Carlos Loriente García, 45, membro proeminente da Arquidiocese de Toledo, foi preso na madrugada de domingo, 21 de setembro, em Torremolinos, Málaga. A prisão ocorreu durante uma operação de rotina da Polícia Nacional nesta cidade costeira, conhecida por sua vibrante vida noturna e atrações turísticas.

Segundo fontes policiais, Loriente, que estava de férias, viajava em um veículo alugado acompanhado por três homens de nacionalidade argentina e venezuelana, com a intenção de comparecer a uma festa. Durante uma busca na rua, os policiais encontraram em sua posse dez papéis contendo "tusi", uma droga sintética conhecida como cocaína rosa, composta principalmente de MDMA e cetamina. A quantidade da droga excedia o limite considerado para uso pessoal, sugerindo uma possível intenção de distribuição.

Brinquedos sexuais

Uma busca no apartamento turístico alugado pelo padre revelou posteriormente mais narcóticos, uma balança de precisão para dosagem de drogas, sachês de dose única e diversos brinquedos sexuais. Loriente e seus companheiros foram levados ao Tribunal de Instrução nº5 de Torremolinos em 23 de setembro.

Perfil do padre

Carlos Loriente García, nascido em 23 de janeiro de 1980, em Toledo, foi ordenado sacerdote em 2004. Até sua prisão, ocupou cargos importantes na Arquidiocese de Toledo, incluindo cônego da Catedral Primaz, diretor do Instituto Teológico Santo Ildefonso e, até 15 de setembro de 2025, vigário episcopal para o Clero. Diversas fontes confirmaram à InfoCatólica que ele era considerado o braço direito do Arcebispo Francisco Cerro Cháves.

Com sólida formação acadêmica, Loriente é formado em Teologia pela Universidade de San Dámaso (Madri), estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma) e obteve o título de Doutor em Teologia Sagrada com a mais alta qualificação pela Pontifícia Universidade Lateranense.

Seus cargos anteriores incluem o de vice-reitor do Seminário Metropolitano de San Ildefonso, secretário-geral do Instituto Superior de Estudos Teológicos de Toledo, professor de religião e instrutor de seminário, além de sua participação na Comissão Diocesana para o Diaconato Permanente.

Resposta da Arquidiocese de Toledo

A Arquidiocese de Toledo emitiu um comunicado oficial em 23 de setembro, confirmando a prisão e anunciando medidas imediatas. Estas incluem a suspensão preventiva de Loriente do exercício de seu ministério sacerdotal, de suas responsabilidades acadêmicas e de todos os seus cargos eclesiásticos, enquanto uma investigação canônica interna é conduzida. O comunicado afirma que a Arquidiocese "lamenta profundamente os eventos" e "reprova qualquer conduta criminosa" que o padre possa ter cometido, enfatizando que a responsabilidade recai "em sua esfera pessoal".

A instituição também expressou sua "plena confiança na justiça" e sua disposição em colaborar com as autoridades civis, ao mesmo tempo em que pediu "perdão ao Povo de Deus por quaisquer danos morais que possam ser causados ​​pelos supostos crimes de um padre". A Arquidiocese também esclareceu que uma identificação inicial equivocada em alguns meios de comunicação, que apontava para o Padre Álvaro García Paniagua, reitor do Seminário Maior de Toledo, estava incorreta. A verdade é que foi o próprio detido que se identificou como reitor, o que levou a essa confusão na mídia.

Texto da declaração:

A Arquidiocese de Toledo, ao tomar conhecimento da prisão de um sacerdote desta arquidiocese no passado domingo, 21 de setembro, na localidade de Torremolinos (Málaga), deseja comunicar o seguinte:

  1. Ele nega que o padre Álvaro García Paniagua, reitor do Seminário Maior de Toledo, cujo nome foi publicado em alguns meios de comunicação, tenha sido preso.

  2. Ela confirma a prisão de um padre da Arquidiocese, lamenta profundamente os eventos que levaram à prisão e condena qualquer conduta criminosa que o padre possa ter supostamente cometido.

  3. Ele expressa sua plena confiança no sistema de justiça e, embora acredite que o detido tenha responsabilidade pessoal pelos acontecimentos, expressa sua disposição em cooperar com ele.

  4. Este Arcebispado abriu investigações e o afastou provisoriamente do exercício de seu ministério e cargo.

  5. Esta Arquidiocese pede perdão ao Povo de Deus por quaisquer danos morais que possam ser causados ​​pelos supostos crimes de um padre da arquidiocese.

Em Toledo, 23 de setembro de 2025.

Desenvolvimento judicial

O caso está atualmente sob investigação. A gravidade das acusações, dada a quantidade de drogas apreendidas e os itens encontrados, pode levar a acusações de tráfico de drogas, embora o processo judicial determine a responsabilidade criminal.

 

Fonte - infocatolica

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