sábado, 21 de maio de 2011

Portugal: Tríduo prepara beatificação de Madre Clara

Fundadora das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição 

ROMA, quinta-feira, 19 de maio de 2011 (ZENIT.org) - O bispo auxiliar de Lisboa Dom Carlos Azevedo presidiu nessa quarta-feira, na igreja de S. Miguel-Queijas, em Lisboa, à primeira vigília do tríduo preparatório para a beatificação de Madre Clara, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

Sobre a santidade da religiosa – segundo refere Agência Ecclesia – o bispo afirmou ela “não se acomodou à situação, não se atrelou à Igreja de forma infantil, antes em atitude madura e ativa”. 
“Clara não legitimou tomadas de posição anacrónicas, fora do tempo, não se fechou em casta de privilegiados, mas atirou-se ao terreno difícil, ultrapassou barreiras, que a muitos pareciam intransponíveis”.
Madre Maria Clara será beatificada dia 21, no Estádio do Restelo (Lisboa), numa celebração que será presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo. O representante do Papa será o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.
Dom Carlos Azevedo recordou que a futura beata sofreu perseguições e “injustos processos judiciais, mas “reagia às provações com confiança, humildade e serena alegria”.
“Só vidas carregadas de atitudes concretas como a da Mãe Maria Clara transpiram a santidade, são transparência da Trindade santíssima.”
A santidade “não se confunde com a indiferença perante a realidade, com a insensibilidade perante os dramas humanos, não passa ao lado dos problemas para andar de bem com todos”, disse.
A futura beata Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de junho de 1843, e recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
A religiosa foi enviada a Calais, França, a 10 de fevereiro de 1870, para fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova Congregação.
Ela abriu a primeira comunidade em S. Patrício - Lisboa, no dia 3 de maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27 de março de 1876, a Congregação foi aprovada pela Santa Sé.
A «mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1 de dezembro de 1899, e o seu processo de canonização viria a iniciar-se em 1995.
Presentes em 14 países, as Irmãs Fransciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição atuam nas áreas da educação, saúde, ação social e missão.

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