segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Brasil: CNBB nomeia Monsenhor Carvalheiro como pessoa de contato para grupos LGBT, conhecido por suas controvérsias “extravagantes”.

Dom Carvalheiro

  

 

A Conferência Nacional dos Bispos Católicos do Brasil (CNBB) nomeou Dom Arnaldo Carvalheiro Neto, de Jundiaí (São Paulo), como bispo designado para o acompanhamento pastoral de grupos católicos LGBT+, segundo o jornal brasileiro Correio Braziliense. 

A nomeação foi feita em 17 de outubro de 2025 e publicada oficialmente em meados de novembro, embora sem qualquer declaração detalhada da CNBB. Veículos de imprensa brasileiros concordam que, com essa nomeação, o Brasil se junta à Alemanha e à Bélgica, países cujas conferências episcopais já possuem iniciativas pastorais voltadas especificamente para a comunidade LGBT+. 

Celebração do ativismo LGBT: uma “vitória histórica” 

A Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT+ reagiu imediatamente, divulgando um comunicado nas redes sociais celebrando a nomeação de Dom Carvalheiro como uma conquista alcançada após anos de organização interna. 

“Louvamos a Deus pelos sinais de comunhão que iluminam o caminho da Igreja no Brasil.” 

O movimento declarou que a nomeação — válida para o período de 2025 a 2028 — foi recebida com “profunda gratidão”, apresentando-a como fruto de uma jornada fiel, madura e comprometida empreendida por leigos LGBT ao longo de mais de uma década. Ressaltou ainda que essa “conquista” é resultado do trabalho coordenado com o Conselho Nacional do Leigo do Brasil (CNLB) e da criação de grupos em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. 

A Rede — que integra a Rede Global de Católicos Arco-Íris — enquadrou o anúncio na linguagem sinodal promovida pela CNBB, afirmando que a sinodalidade se expressa quando “o Povo de Deus caminha junto”, discernindo “novos caminhos de pastoral e presença evangelizadora”. Concluiu que a nomeação lança “uma nova luz” sobre as questões LGBT dentro da Igreja, interpretando-a como um passo rumo a uma comunidade eclesial “cada vez mais aberta às realidades humanas”. 

Bispo Carvalheiro: Um Perfil Controverso 

A nomeação de Dom Arnaldo Carvalheiro para esta missão pastoral gerou preocupação devido ao seu histórico recente na Diocese de Jundiaí, marcado por decisões que provocaram profundo desconforto entre os fiéis e sacerdotes. Como relatou a Infovaticana em setembro de 2024, após apenas dois anos como bispo, ele já havia esgotado a paciência de grande parte do clero, que denunciava um estilo autoritário, distante e de difícil compreensão.

Um dos episódios mais controversos foi a sua ordem para remover a cruz do centro dos altares e colocá-la de lado, uma medida que muitos consideraram uma desvalorização do sacrifício da Missa. Semanas depois, novas diretrizes litúrgicas limitaram os elementos tradicionais do altar e reforçaram a obrigação de cumprir as suas decisões “para garantir a comunhão”, aumentando ainda mais a confusão. 

A isto se somaram as queixas de padres que afirmavam que o bispo se tornara praticamente inacessível, delegando a comunicação a intermediários e mantendo-se distante da vida quotidiana da diocese. 

Também causou preocupação a pressão — atribuída ao bispo e ao seu vigário-geral — para permitir casamentos sacramentais fora das igrejas, apesar da firme oposição do clero, que alertava para o risco de banalizar a sacralidade do sacramento. 

Por fim, o comportamento do prelado causou escândalo quando ele passou a frequentar um bar na cidade e convidou seminaristas para participar de uma "roda de samba", um ambiente claramente inadequado para a formação sacerdotal e que muitos interpretaram como um gesto incompatível com a dignidade do ministério episcopal.

Um silêncio desconcertante 

Apesar da novidade e da sensibilidade doutrinal desta nomeação, a CNBB não emitiu até o momento qualquer explicação oficial. Os critérios para a nomeação, os limites pastorais do cargo e a razão para a escolha de um bispo com um histórico de tensões internas e controvérsias públicas não foram esclarecidos. 

Este silêncio institucional contrasta fortemente com a celebração explícita do ativismo LGBT e gerou preocupação entre os fiéis e sacerdotes, que esperam uma orientação clara e um cuidado pastoral fiel ao Magistério.

Fonte - infovaticana

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