Redação (Quarta-feira, 16-01-2013, Gaudium Press) Publicamos
as opiniões do Professor Felipe Aquino sobre um tema que empolga os
católicos e que pode ser uma baliza para distinguir quem pode e quem não
pode dizer, em sã consciência: Creio na Igreja Una, Santa, Católica,
Apostólica, Romana:
Em verdade vos digo: tudo o que ligardes
sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a
terra será também desligado no céu. (Mt 18,18)
Parece que há alguns católicos que não
entenderam ainda as promessas que Jesus fez à Igreja que Ele instituiu
sobre Pedro de os Apóstolos. Entre outras Ele lhes disse: "Quem vos ouve
a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita
Aquele que me enviou". (Lc 10,16).
Esta é a bela lógica que Deus escolheu
para salvar a humanidade: o Pai enviou o Filho como salvador e Redentor;
e o Filho enviou a Igreja. É preciso ter com clareza que a Igreja é o
"prolongamento da presença de Cristo no meio da humanidade". "A Igreja é
o Corpo do Senhor, e o ostensório do Seu coração", disse Maurice
Zundel. Bossuet preferiu dizer que: "A Igreja é Jesus Cristo derramado e
comunicado a toda a terra".
Os grandes Santos Padres da Igreja,
doutores da Igreja, como São Basílio Magno, São Gregório de Nissa, São
Gregório de Nazianzo, Santo Agostinho, São Jerônimo, etc., tinham esta
certeza: "Ubi Petrus, ibi Ecclesia; ubi Ecclesia ibi Christus" (Onde
está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Jesus Cristo). Santo
Inácio de Antioquia (†110), mártir no Coliseu de Roma, disse: "Onde está
o Cristo Jesus está a Igreja Católica". A Lumen Gentium do Concílio
Vaticano II, disse que "Deus estabeleceu congregar na Santa Igreja os
que creem em Cristo" (LG, 2).
Uma promessa que Jesus fez à Igreja, a
Pedro (Mt 16,19) e aos Apóstolos unidos a Pedro (Mt 18,18), é que tudo o
que eles ligarem na Terra, Ele ligaria no céu. E aí está a
infalibilidade da Igreja: como no céu não pode ser ligado nada errado,
então, o Espírito Santo assiste e guia a Igreja para não ligar nada de
errado na Terra, pois isto terá de ser ligado no céu, por força de
promessa de Jesus.
Desta certeza vem toda a beleza, por
exemplo, da Liturgia. Ou ainda, quando a Igreja celebra o Natal aqui, no
dia 25 de dezembro, o céu também o celebra neste dia. Se a Igreja
celebra o dia do nascimento de Nossa Senhora no dia 8 de setembro, o céu
o celebra no mesmo dia, e assim por diante. E quando celebramos essas
datas e todas as outras festas litúrgicas, solenidades e memórias de
santos, no dia fixado pela Igreja, as graças desse acontecimento se
tornam atuais e as recebemos em sua celebração como no acontecimento
original. De modo especial, quando celebramos a Santa Missa, torna-se
presente a nossa Redenção. Daí vem toda a beleza, profundidade e
espiritualidade da Liturgia.
É de causar admiração o poder que Jesus
confiou a Pedro, o Papa, e à sua Igreja. Quando o Papa confirma, por
exemplo, que alguém é santo, e o canoniza, não há dúvida de que aquela
pessoa está no céu, "intercedendo por nós sem cessar", como diz a
Liturgia eucarística. Esta é a beleza de nossa fé; desde aqui da Terra
já participamos da glória do céu, como que por antecipação.
Por Professor Felipe Aquino
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