Por Laurinda Alves
Dizem que ser médico é
um sacerdócio tão exigente como ser padre. Concordo. Conheço muitos médicos que
não descansam enquanto não conseguem salvar os seus doentes, mesmo quando sabem
que não os podem curar. Não desistem deles nem os deixam desanimar. Permanecem
atentos e disponíveis para os ouvir e validar os seus sintomas. São fiéis aos
valores que professaram quando fizeram o Juramento de Hipócrates e declararam,
em primeiro lugar, que toda a sua ação médica será para o benefício dos
doentes, evitando todo o mal voluntário e corrupção. Sobre o que vêem e sabem,
também juraram guardar “silêncio como um segredo religioso”. Tentar curar e não
provocar danos nos doentes é, em resumo, a essência do prático.