Continuação...
Os documentos que mais marcaram a vida da Igreja foram as constituições:
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Yves Congar (1904-1995, teólogo francês e perito do CV II. |
- Sobre a Igreja (Lumen Gentium - LG), centrada na imagem do Povo de Deus a caminho;
- Sobre a Liturgia (Sacrosanctum Concilium - SC), renovando os Sacramentários e o Rito romano da Missa, com a admissão das línguas nacionais;
- Sobre a Divina Revelação (Dei Verbum - DV) colhendo os frutos dos estudos bíblicos; e
- Sobre a Igreja no mundo contemporâneo (Gaudium et Spes - GS), a Igreja assumindo como suas as alegrias e tristezas do mundo, comprometendo-se com o serviço da paz e da justiça.
Três outros temas foram marcantes e, pode-se dizer, geradores de conflitos nos meios tradicionalistas:
- O Decreto sobre o Ecumenismo (Unitatis Redintegratio - UR),
- A Declaração sobre a relação da Igreja com as religiões não cristãs (Nostra Aetate - NA), e
- Sobre a liberdade religiosa (Dignitatis humanae - DH) que, para alguns, significou colocar em pé de igualdade a verdade e o erro: era, isso sim, declaração sobre a liberdade de consciência, extinguindo as antigas práticas inquisitoriais.
O Concílio discutiu muito o tema da colegialidade episcopal, isto é, da unidade do papa com os bispos no governo da Igreja e da importância da Igreja particular confiada a um bispo. Como sinal concreto da colegialidade estabeleceu-se a convocação de Sínodos Episcopais:
- O papa e bispos representantes de cada conferência episcopal discutirem temas referentes à vida da Igreja. Alguns pensaram em Sínodos com poder de decisão, mas o desenvolvimento posterior os transformou em Sínodos consultivos.
Continua...
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