O papa indica São Paulo como exemplo da vitória do bem sobre o mal
ROMA, sexta-feira, 27 de de janeiro de 2012 (ZENIT.org)
– Nas Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo Apóstolo, que
encerrou a XLV Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, Bento XVI
pediu que os cristãos perseverem com coragem e generosidade no caminho
rumo à unidade.
"Às vezes temos a impressão de que o caminho para a
plena restauração da comunhão é ainda muito longo e cheio de
obstáculos, mas, apesar disso, eu convido todos a renovar a sua
determinação para procurar com coragem e generosidade a unidade que é a
vontade de Deus".
E indicou São Paulo como exemplo, porque "diante das dificuldades de
todos os tipos, ele sempre manteve uma forte confiança em Deus, que leva
a sua obra a cumprimento".
"Nesta jornada, há sinais positivos de um renovado senso de
fraternidade e de um sentimento compartilhado de responsabilidade para
com os grandes problemas que afligem o nosso mundo".
O bispo de Roma recordou a história de Saulo, " distinguido pelo zelo
com que perseguia a Igreja primitiva" e "depois transformado em
apóstolo incansável do Evangelho de Jesus Cristo".
O pontífice observou que a conversão de Paulo não é o resultado de uma longa reflexão interior, nem fruto de esforço pessoal. "Foi antes de tudo pela graça de Deus, que agiu de acordo com os seus caminhos inescrutáveis".
O pontífice observou que a conversão de Paulo não é o resultado de uma longa reflexão interior, nem fruto de esforço pessoal. "Foi antes de tudo pela graça de Deus, que agiu de acordo com os seus caminhos inescrutáveis".
Por isso é que Paulo escreveu em Gálatas: "Já não vivo eu, mas é
Cristo quem vive em mim, e esta vida, que eu vivo na carne, eu a vivo
pela fé no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim" (Gal 2,20).
A transformação de Paulo, segundo o papa, "não se limita ao âmbito
ético, tal como a conversão da imoralidade à moralidade, nem ao plano
intelectual, como uma mudança na maneira de compreender a realidade,
mas, antes, é uma renovação radical do próprio ser, similar, em muitos
aspectos, a um renascimento".
"À medida que elevamos a nossa oração, temos a confiança de ser
transformados e conformados à imagem de Cristo", o que "é especialmente
verdadeiro na oração pela unidade dos cristãos".
Quanto à unidade das igrejas, o papa afirmou que, "mesmo
experimentando a situação atual de dolorosa divisão, nós, cristãos,
podemos e devemos olhar para o futuro com esperança", porque "a presença
de Cristo ressuscitado chama todos os cristãos a agir em conjunto pela
causa do bem. Unidos em Cristo, somos chamados a partilhar da sua
missão, que é a de levar esperança até onde dominam a injustiça, o ódio e
o desespero".
O papa explicou ainda que a espera pela unidade visível da Igreja
deve ser paciente e confiante e que "a atitude de espera paciente não
significa passividade ou resignação, mas uma resposta pronta e alerta
para qualquer possibilidade de comunhão e de fraternidade que o Senhor
nos dá".
"Tudo é motivo de grande esperança e alegria, e deve nos encorajar a
continuar o nosso compromisso de alcançar a linha de chegada juntos,
sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor (cf. 1 Cor 15,58 )",
concluiu o Santo Padre.
Antonio Gaspari
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