terça-feira, 9 de setembro de 2025

Bispo celebra missa para peregrinação LGBT na sede dos jesuítas em Roma

Igreja jesuíta de Gesù ??
A igreja jesuíta de Gesù, em Roma, onde uma missa e uma vigília de oração para cristãos com tendências homossexuais e que se identificam com o sexo oposto ocorreram no último sábado (6), no Ano Jubilar da Esperança 2025. | essevu/Shutterstock

  

Por Kristina Millare

 

O bispo de Cassano all'Jonio, Francesco Savino, celebrou missa na igreja jesuíta de Gesù, em Roma, no último sábado (6) para peregrinos LGBT em Roma por ocasião do Jubileu da Esperança.

LGBT é a sigla formada pelas palavras “lésbicas, gays, bissexuais e trans” que identifica a ideologia de gênero, militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher. Em vez dos dois sexos, a ideologia de gênero acha que existe uma gama de variações, por isso o arco-íris foi escolhido como símbolo.

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

Uma associação leiga italiana organizou a peregrinação internacional, com uma missa matinal na igreja matriz da Companhia de Jesus em Roma e uma peregrinação à porta santa da basílica de São Pedro à tarde.

Cerca de mil peregrinos do mundo todo compareceram à missa concelebrada por cerca de 30 padres, entre eles o padre jesuíta americano James Martin, que se encontrou com o papa Leão XIV numa audiência privada em 1º de setembro no Vaticano.

Várias pessoas, entre elas religiosos e religiosas, agitaram leques com as cores do arco-íris para se refrescar dentro da igreja lotada e alguns usaram camisetas com uma frase de 1 João 4,18, Nell'amore non c'e timore (Não há medo no amor), na missa.

Em sua homilia, Savino, que é vice-presidente da Conferência Episcopal Italiana, falou de “restaurar a dignidade àqueles a quem ela foi negada”.

“Somos todos um povo peregrino de esperança e queremos sair dessa celebração mais alegres e esperançosos do que nunca”, disse Savino em sua homilia. “Temos que seguir em frente, convictos de que Deus nos ama [com] um amor único e irrepetível… um amor incondicional”.

“Nessa consciência está o fundamento de toda esperança”, disse ele.

Falando sobre as leituras escolhidas da missa e o Evangelho do dia, Savino disse que os escritos de são Paulo apóstolo no Novo Testamento ensinam que “um pequeno passo” em meio a grandes limitações humanas pode ser “mais agradável a Deus do que a vida exteriormente correta” dos que não passam por provações na vida.

"Todos nós temos que nos converter, ou seja, nos voltar, olhar na direção oposta à que tínhamos antes”, disse ele. “Os Atos dos Apóstolos documentam essa experiência como definidora e definitiva".

“Verdadeiramente, estou percebendo que cada um de nós, vocês aqui presentes, seus familiares, seus irmãos e irmãs, nós pastores e discípulos do Senhor — cada um de nós teve em nossas vidas que aceitar ou rejeitar uma verdade viva”, disse também o bispo.

Pedindo ao Senhor que “nos livre gratuitamente de qualquer tentação polêmica ou ideológica, de qualquer tentação preconcebida baseada em preconceitos”, o bispo italiano falou da necessidade de “Pedro e do Colégio Apostólico colocarem a verdade viva antes da verdade morta”.

A missa de 6 de setembro foi encerrada com uma salva de palmas. Familiares e amigos cantaram o hino de saída e se abraçaram enquanto o bispo e os padres concelebrantes saíam em procissão da parte principal da basílica, tendo à frente um peregrino levando uma cruz com as cores do arco-íris.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, os atos homossexuais são “intrinsecamente desordenados” e “em nenhuma circunstância podem ser aprovados” (CIC 2357). Pessoas com “tendências homossexuais profundamente arraigadas… devem ser tratadas com respeito, compaixão e sensibilidade. Qualquer sinal de discriminação injusta em relação a elas deve ser evitado” (CIC 2358).

=================§§§§§§§§===========§§§§§§=========== 

 

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...